quinta-feira, 8 de abril de 2010

Nossa Páscoa - Parte I- Morte e ressurreição do Pedro - Por Cristo.

Bem, não se trata de um comentário acerca da nossa páscoa como feriado, mas no milagre da ressuirreição que pudemos testificar na nossa vida.
Tudo começou no dia 09/12/2009. Pela manhã, O Alexandre saiu com o Pedro para a casa da mãe dele e eu fiquei em casa pra limpar e arrumar toda a bagunça que toda criança faz. Bem, havia 1 dia em que o Alexandre havia retirado os pontos da cirurgia da apendicite. Estava eu em casa quando por volta de meio dia chegaram meus cunhados e disseram " Monique, o Pedro caiu na piscina, bebeu água, mas está bem, está no Memorial, o Alexandre pediu a carteirinha do convênio e pra vc vir também." Acreditando eu que se tratava de acidentes comuns de crianças que não passava de um susto, pensei "puxa vida, o Pedro agora vai ficar com medo de piscina". Não me preocupei naquele momento porque achei que se tratava de cuidado, já que a água da piscina estava suja, nunca poderia imaginar o que iria acontecer... Chegando eu ao Hospital, com uma tranquilidade ímpar, ví o rosto do Alexandre uma expressão de horror. Pensei que tivesse acontecido alguma coisa com o pé dele, já que o tendão estava arrebentado, foi quando me sentei ao lado dele e ele começou a me contar o que realmente havia acontecido...
O Pedro havia sido encontrado na piscina, boiando, e ele o pegou morto em seus braços, tentou reanimá-lo no chão da cozinha e quando apertava a barriga só saia água. Não havia qualquer sinal vital. Ele não sabia quanto tempo o Pedro havia ficado sem respirar. Foram correndo pro Hospital Memorial e dentro do carro ainda foi que, fazendo massagem cardíaca e respiração boca  a boca que ele começou a tentar respirar e começou a vomitar toda aquela água suja.
O Alexandre entrou desesperado no Hospital, Clamando que alguém socorresse nosso filho, que aos seus olhos, estava quase morto. Esse era o quadro do Pedro naquele momento...
Fiquei sem chão. A única coisa que veio em minha mente foi " EU SEI QUE MEU REDENTOR VIVE E QUE POR FIM SE LEVANTARÁ EM FAVOR DA MINHA CAUSA" A todo momento, médicos e enfermeiros entravam e saíam da emergência pediátrica e nos olhavam com muita pena. Em algumas ocasiões eles diziam " não sabemos se ele vai sobreviver... O caso dele é muito grave" e outras vezes outros diziam, que ele era um valente, que lutava pra sobreviver...
Eu nem sei explicar o que eu sentia naquele momento. Tinha momentos que eu fechava os olhos e pedia pra acordar daquele pesadelo. Tinha momentos que eu me sentia como se meus ossos fossem de gelatina e que eu iria desmaiar a qualquer momento.
Eu não queria falar com ninguém. Não queria falar nada. Mas naquele momento eu orei com o Alexandre e clamei a Deus, e cada um que chegava orava conosco. Naquele corredor, duas mulheres oraram conosco e disseram que levariam nossa causa às suas igrejas para oração e que confiassemos em Deus, que ele faria um Milagre, e era somente nisso que eu cria. Lembro de um homem da Igreja Mundial do Poder de Deus que nos deu um lenço ungido e nos instruiu a passar na cabeça do Pedro na primeira oportunidade. E uma irmã chamada Josi que nos instruiu a fazer um propósito com Deus - e fizemos.
Depois de um tempo, nos deixaram entrar e ver o Pedro. Eu o beijei e disse que ia ficar tudo bem. Ele estava em coma induzido, com sonda nasal, e ainda estava molhado. Passamos o lenço, oramos, choramos e nosso pequeno agonizava, lutava pela vida.
Depois, fomos transferidos para o Prontobaby, em uma UTI móvel com Pediatra de Plantão. Isso já eram umas 5 horas da tarde. E mais uma vez ouvimos o diagnóstico que o caso era grave, que mesmo que ele sobrevivesse ele poderia ficar com sequelas já que o cérebro dele ficou sem oxigenação por tempo não sabido. Eu não aceitava aquela palavra, eu sabia que ele ficaria bem, pois ainda no Hospital o Espirito Santo me disse "Eu é que sei os pensamentos que tenho sobre vós, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais" E eu desejava meu filho em casa, perfeito, do jeito que Deus o havia me dado.
 E me apeguei naquela palavra.

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