Bem, não se trata de um comentário acerca da nossa páscoa como feriado, mas no milagre da ressuirreição que pudemos testificar na nossa vida.
Tudo começou no dia 09/12/2009. Pela manhã, O Alexandre saiu com o Pedro para a casa da mãe dele e eu fiquei em casa pra limpar e arrumar toda a bagunça que toda criança faz. Bem, havia 1 dia em que o Alexandre havia retirado os pontos da cirurgia da apendicite. Estava eu em casa quando por volta de meio dia chegaram meus cunhados e disseram " Monique, o Pedro caiu na piscina, bebeu água, mas está bem, está no Memorial, o Alexandre pediu a carteirinha do convênio e pra vc vir também." Acreditando eu que se tratava de acidentes comuns de crianças que não passava de um susto, pensei "puxa vida, o Pedro agora vai ficar com medo de piscina". Não me preocupei naquele momento porque achei que se tratava de cuidado, já que a água da piscina estava suja, nunca poderia imaginar o que iria acontecer... Chegando eu ao Hospital, com uma tranquilidade ímpar, ví o rosto do Alexandre uma expressão de horror. Pensei que tivesse acontecido alguma coisa com o pé dele, já que o tendão estava arrebentado, foi quando me sentei ao lado dele e ele começou a me contar o que realmente havia acontecido...
O Pedro havia sido encontrado na piscina, boiando, e ele o pegou morto em seus braços, tentou reanimá-lo no chão da cozinha e quando apertava a barriga só saia água. Não havia qualquer sinal vital. Ele não sabia quanto tempo o Pedro havia ficado sem respirar. Foram correndo pro Hospital Memorial e dentro do carro ainda foi que, fazendo massagem cardíaca e respiração boca a boca que ele começou a tentar respirar e começou a vomitar toda aquela água suja.
O Alexandre entrou desesperado no Hospital, Clamando que alguém socorresse nosso filho, que aos seus olhos, estava quase morto. Esse era o quadro do Pedro naquele momento...
Fiquei sem chão. A única coisa que veio em minha mente foi " EU SEI QUE MEU REDENTOR VIVE E QUE POR FIM SE LEVANTARÁ EM FAVOR DA MINHA CAUSA" A todo momento, médicos e enfermeiros entravam e saíam da emergência pediátrica e nos olhavam com muita pena. Em algumas ocasiões eles diziam " não sabemos se ele vai sobreviver... O caso dele é muito grave" e outras vezes outros diziam, que ele era um valente, que lutava pra sobreviver...
Eu nem sei explicar o que eu sentia naquele momento. Tinha momentos que eu fechava os olhos e pedia pra acordar daquele pesadelo. Tinha momentos que eu me sentia como se meus ossos fossem de gelatina e que eu iria desmaiar a qualquer momento.
Eu não queria falar com ninguém. Não queria falar nada. Mas naquele momento eu orei com o Alexandre e clamei a Deus, e cada um que chegava orava conosco. Naquele corredor, duas mulheres oraram conosco e disseram que levariam nossa causa às suas igrejas para oração e que confiassemos em Deus, que ele faria um Milagre, e era somente nisso que eu cria. Lembro de um homem da Igreja Mundial do Poder de Deus que nos deu um lenço ungido e nos instruiu a passar na cabeça do Pedro na primeira oportunidade. E uma irmã chamada Josi que nos instruiu a fazer um propósito com Deus - e fizemos.
Depois de um tempo, nos deixaram entrar e ver o Pedro. Eu o beijei e disse que ia ficar tudo bem. Ele estava em coma induzido, com sonda nasal, e ainda estava molhado. Passamos o lenço, oramos, choramos e nosso pequeno agonizava, lutava pela vida.
Depois, fomos transferidos para o Prontobaby, em uma UTI móvel com Pediatra de Plantão. Isso já eram umas 5 horas da tarde. E mais uma vez ouvimos o diagnóstico que o caso era grave, que mesmo que ele sobrevivesse ele poderia ficar com sequelas já que o cérebro dele ficou sem oxigenação por tempo não sabido. Eu não aceitava aquela palavra, eu sabia que ele ficaria bem, pois ainda no Hospital o Espirito Santo me disse "Eu é que sei os pensamentos que tenho sobre vós, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais" E eu desejava meu filho em casa, perfeito, do jeito que Deus o havia me dado.
E me apeguei naquela palavra.
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