sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Tudo que não me falaram sobre sexo.

Assim como a maior parte as mulheres nos dias de hoje, eu infelizmente não recebi as devidas instruções sobre sexo. Não estou falando de DST, ou de não saber a serventia de um pênis, ou de um ciclo reprodutor - alías, minha mãe me ensinou a concepção aos 6 anos de idade - mas digo de ato sexual mesmo. O que pode ou não, o que se deve fazer, onde como... Da maneira correta, eu digo.
Quando era adolescente, ouvia uma tia que me contava suas aventuras sexuais antes do casamento, e depois dele, e na separação, como sendo a coisa mais bacana do mundo. Eu pensava: "Não quero me casar virgem, e deixar de aproveitar isso tudo? Jamais". Que burrice a minha. Ninguém me disse que nós somos insáciaveis. Quanto mais temos, mais queremos, e se não temos limite, aí a coisa fica feia... Pois muito bem, com essa idéia de gerico que eu formei minha educação sexual. Ou seja, sexo antes do casamento, com várias pessoas para ter experiência e quanto antes melhor, já que no ensino médio só se fala nisso.
Mas não me disseram das consequencias... Não tive filhos e nem doenças, Graças a Deus! Mas a sensação de vazio, de ter sido usada cada vez que me entregava... Sem contar a primeira vez desastrada. Poderia ter sido tão diferente. Poderia ter sido numa suite nupcial, com o homem que eu passaria o resto da minha vida junto, sem culpa, sem medo, sem pressa...
Ninguém me disse que o sexo era a celebração do casamento, nem do amor conjugal... Me mostraram, a vida toda que sexo era bom, sem ter a menor relevância se estava casado ou não. Aliás, minha família é engraçada. Quando perguntados, todos dizem que são contra o sexo antes do casamento, mas nenhum deles se casou para fazê-lo. E aqueles que "porventura" casaram-se virgens, fizeram sexo fora do casamento. Essa foi minha educação sexual.
E o que falar das posições e maneiras de fazer sexo?
Sem comentários.
Me ensinaram que a mulher deveria ficar quieta, mas que deveria ser uma meretriz no quarto... Que coisa mais estranha!
Que consequências horrendas eu trouxe pro meu casamento com essa carga familiar sexual que me foi dada. Tive e tenho que aprender muito ainda. Sem pressa, sem culpa...
Espero passar o conceito da "calma" para meus sobrinhos e filhos. Tomara que eu seja a tia que conta as aventuras sexuais no casamento como sendo as melhores, as mais emocionantes, as mais festivas, porque essas sim, são uma festa sem hora pra acabar.